PhiloBiblon 2024 n. 2 (Fevereiro): Os anais portugueses (séculos XIV-XVI) e a BITAGAP

Filipe Alves Moreira
IF/Universidade do Porto e Universidade Aberta

Como já foi destacado em diversas ocasiões (p. ex., Sharrer 2022), o trabalho da equipa da BITAGAP em bibliotecas e arquivos portugueses e de outros países tem descoberto, (re)localizado e identificado uma grande quantidade de textos e manuscritos de que não havia conhecimento, permitindo assim alargar consideravelmente a base empírica de estudo da cultura galega e portuguesa da Idade Média. Por vezes, essas descobertas dizem respeito não apenas a um texto ou autor em específico, mas a um género textual. É o que sucede com os anais escritos, em língua portuguesa, entre finais do século XIV e inícios do século XVI.

Contrariamente aos anais portugueses escritos em latim durante o século XII e início do XIII, que contam já com diferentes edições e uma sólida investigação que lhes tem sido dedicada (p. ex.: David 1947, Bautista 2009, Furtado 2021), os anais portugueses escritos a partir do século XIV, e especialmente os que foram escritos em português (que são quase todos) estão inéditos ou muito insuficientemente estudados e editados. Existe, até, a ideia de que o género analístico é algo especificamente medieval. Nada mais falso, porém: pelo menos em Portugal, não só continuou a escrever-se anais ao longo dos séculos XVI-XVII, como, até, dir-se-ia que foram mais comuns nessa época, do que anteriormente.

É, todavia, compreensível que os anais em português dos séculos XIV, XV e inícios do XVI estejam ainda inéditos ou insuficientemente editados e não tenham sido estudados: é que a maior parte deles eram completamente desconhecidos, antes das sucessivas atualizações de BITAGAP, ao longo dos últimos dez anos. Foi a BITAGAP que, pela primeira vez, apresentou um corpus de anais escritos em português, muitos deles descobertos e identificados devido às investigações da equipa. Este corpus está facilmente acessível através de uma busca em Obra por “Anais medievais” em “Assunto”.

A mais recente atualização de BITAGAP contém um elenco de 21 destes anais. Como sempre acontece com este tipo de textos, não é fácil estabelecer-se uma cronologia para cada um deles. A maior parte subsiste, aparentemente, em cópias únicas, maioritariamente datáveis do século XVI, mas os acontecimentos históricos mais recentes neles mencionados variam entre finais do século XIV e inícios do século XVI. Quase todos concentram-se na história portuguesa, começando habitualmente, ou com a batalha do Salado (1340), ou com a guerra de Aljubarrota e a ascensão de D. João I ao trono (1385), eventos que assim adquirem estatuto fundacional. São especialmente numerosas as entradas relativas a acontecimentos dos reinados de D. Duarte, D. Afonso V, D. João II e D. Manuel I. Embora a maior parte dos acontecimentos mencionados por estes anais sejam também conhecidos através de outras fontes históricas, alguns transmitem diversos acontecimentos não mencionados noutros locais, sendo, por isso, especialmente relevantes. Um exemplo interessante é a cerimónia de investidura do infante D. Fernando, irmão de D. Afonso V e pai de D. Manuel, ocorrida em Lisboa a 10 de agosto de 1456, a qual é descrita, com certo detalhe, em alguns destes anais (segundo já foi comentado por Aguiar 2018). Também não é fácil perceber-se a génese destes textos. Alguns parecem resultar da compilação e/ou continuação de textos analísticos prévios (várias entradas repetem-se, ipsis verbis ou quase); outros, terão sido redigidos e acrescentados à medida que os acontecimentos históricos dignos de registo se iam sucedendo. É também notória a relação destes textos com o género historiográfico por excelência desta época, as crónicas. Com efeito, dos 21 textos atualmente elencados em BITAGAP, 6 estão copiados em manuscritos (ou, no caso do BITAGAP texid 11379, num impresso) que contêm, também, cópias ou sumários de crónicas, especialmente as de Rui de Pina e de Duarte Galvão. Esta circunstância já indicia uma proximidade entre ambos estes géneros, mas uma observação mais atenta poderá estreitá-la ainda mais. Com efeito, existem manuscritos do século XVI que contêm textos formalmente analísticos mas que, segundo explicitam, resultam da abreviação do conteúdo de crónicas (especialmente as de Fernão Lopes, Rui de Pina e Duarte Galvão), constituindo, assim, o que poderá ser apelidado de “sumários analísticos” (um exemplo, já editado, é Costa 1996). Este facto, junto com a evidente proximidade destes textos com as crónicas, seja do ponto de vista material, seja do conteúdo, leva a pensar que alguns dos textos do corpus analístico estabelecido pela BITAGAP podem resultar, também, deste processo, ainda que o não digam. Mas pode também acontecer o contrário, isto é, que alguns destes anais tenham sido fonte das crónicas. Só um estudo aprofundado, que tenha em conta quer a tradição manuscrita dos anais, quer a das crónicas, permitirá afirmar uma destas (ou ambas estas) hipóteses. Estes anais em língua portuguesa serão editados, com notas, introduções e comentários que os contextualizem, numa coleção de textos antigos dedicados à figura de D. Afonso Henriques, em fase de preparação, e serão também tidos em conta pelo projeto Aranhis, que procura integrar os anais portugueses (em português e em latim) com os anais ibéricos.

Vejamos, entretanto, alguns dos anais descobertos pela BITAGAP, e algumas das suas caraterísticas.

Um dos textos mais interessantes, e digno de ponderado estudo (que está a fazer-se) é o BITAGAP texid 18130, convencionalmente apelidado (quase todos os títulos deste corpus são convencionais) de “Descrição do mundo e notícias analísticas”. Trata-se de uma extensa compilação analística, das mais extensas do corpus (só comparável em extensão ao conhecido Livro da NoaBITAGAP texid 1057–e à chamada Iª Crónica Breve de Santa Cruz de CoimbraBITAGAP texid 1240). Ocupa 24 fólios na única cópia conhecida, o manuscrito 51-X-22 da Biblioteca da Ajuda (BITAGAP manid 3984), das primeiras décadas do século XVI. É um dos exemplos de associação dos anais às crónicas, pois esse manuscrito inclui, entre outros textos, uma cópia da Crónica de D. João II de Rui de Pina, com notáveis variantes (incluindo o prólogo, que não é de Rui de Pina, mas, possivelmente, do compilador deste manuscrito). Esta compilação analística tem a introduzi-la, e a contextualizá-la, uma descrição do mundo limitada à Europa, Ásia e África (o que estará indicando a sua possível antiguidade) e uma contagem das famosas sete idades do mundo (fólios 111-112, segundo a numeração moderna, que se sobrepôs a uma anterior e não coincidente). A compilação analística propriamente dita segue, grosso modo, uma ordem cronológica, começando pelo nascimento de Alexandre Magno e prosseguindo com diversos acontecimentos da história universal e, sobretudo, peninsular, antes de entrar a tratar do reinado de D. Afonso Henriques, momento a partir do qual as entradas se ocupam de acontecimentos dos sucessivos reinados portugueses, até ao ano de 1525.

Ms. 51-X-22 da Biblioteca do Palácio da Ajuda, fl. 111r. Início da “Descrição do Mundo”
Ms. 51-X-22 da Biblioteca do Palácio da Ajuda, f. 111r. Início da “Descrição do Mundo”

A parte inicial desta compilação analística tem evidentes pontos de contacto e mesmo entradas em comum com a chamada Iª Crónica Breve de Santa Cruz de Coimbra e com anais castelhanos, o que revela tratar-se de uma compilação pelo menos parcialmente baseada em textos bem mais antigos. A maior parte (a partir do fólio 115r) desta compilação é, porém, ocupada com acontecimentos do reinado de D. João I e seguintes (e especialmente dos reinados de D. Afonso V, D. João II e D. Manuel), com algumas entradas referentes a acontecimentos não conhecidos de outras fontes narrativas.

Ms. 51-X-22 da Biblioteca do Palácio da Ajuda, fl. 117r. Exemplo de acontecimentos do reinado de D. Afonso V.
Ms. 51-X-22 da Biblioteca do Palácio da Ajuda, f. 117r. Exemplo de acontecimentos do reinado de D. Afonso V.

Outro exemplo de associação às crónicas e de uma compilação analística extensa é o conjunto de anais (BITAGAP texid 34129) copiado no ms. Casa Fronteira e Alorna, número 5, da Torre do Tombo (BITAGAP manid 1398). Trata-se de um manuscrito também da primeira metade do século XVI que contém um conjunto de cópias das crónicas de Duarte Galvão e de Rui de Pina (até à de Afonso IV), curiosas porque, frequentemente, copiam apenas o início e o final dos capítulos, originando, as mais das vezes, texto sem sentido. Após a Crónica de D. Afonso IV, surge esta compilação analística, que ocupa os fólios 271v-278v, a qual começa com a batalha do Salado (1340) e termina com a morte da rainha D. Maria, em 1517. Várias entradas são comuns a outros anais e muitas são especialmente dedicadas ao reinado de D. João II, também aqui com acontecimentos nem sempre conhecidos por outras fontes narrativas.

ANTT, Ms. Casa Fronteira e Alorna, número 5. Exemplo de entrada do reinado de D. João II
ANTT, Ms. Casa Fronteira e Alorna, n. 5. Exemplo de entrada do reinado de D. João II: chegada de Colombo, “jenoes”, a Lisboa, após a viagem à América, fólio 277v.

Um terceiro caso interessante é o do texto intitulado “Memoriall dallgũas cousas” (BITAGAP texid 18624), na cópia mais antiga conhecida (COD. 13182 da BNP, BITAGAP manid 1346), uma cópia muito cuidada, com epígrafes a vermelho separando cada uma das entradas. Mais uma vez, estamos perante um conjunto analístico que faz parte de uma miscelânea manuscrita que contém a cópia de uma crónica, neste caso a Crónica de D. Afonso Henriques de Duarte Galvão, entre outros textos (entre os quais uma versão [BITAGAP texid 10498] da célebre Lenda de Gaia já editada e estudada por Ramos 2004). Este conjunto começa com a batalha de Aljubarrota (1385) e termina com o surto de peste de 1520, sendo a maior parte das entradas (algumas extensas e nem todas seguindo a ordem cronológica) dos reinados de D. Afonso V, D. João II e D. Manuel. Uma particularidade interessante deste manuscrito é a sua proveniência, pois, segundo apurou Ramos 2004, a sua origem está, muito provavelmente, numa comunidade religiosa feminina de Guimarães–o que mostra a circulação alargada deste tipo de miscelâneas, incluindo os textos analísticos nelas copiadas. Desta vez, conhece-se uma outra cópia deste texto, mais tardia (século XVII), com variantes e intitulada “Lembranças antiguas”, no manuscrito 2436 da BNE (BITAGAP manid 5253), fólios 228r a 237r.  A entrada mais recente desta cópia é, porém, do ano de 1508, o que, em conjunto com as variantes, levanta o problema de tratar-se, ou não, de uma cópia modificada do manuscrito quinhentista de Guimarães.

COD. 13182 da BNP, fólio 3r. Início da compilação analística.
COD. 13182 da BNP, f. 3r. Início da compilação analística.

Um último caso pode ser relevado, porque, contrariamente aos anteriores, não faz parte de compilações historiográficas, mas sim de uma cópia de documentos. Trata-se de um breve conjunto analístico copiado no fólio 180v do Livro 517 da Alfândega de Vila do Conde, Torre do Tombo (BITAGAP manid 6896), por isso designados como “Anais de Vila do Conde” (BITAGAP texid 25247). Começa, uma vez mais, com a batalha do Salado, e termina com a vinda do duque de Lencastre à Península Ibérica, no contexto das lutas pela sucessão dos tronos de Portugal e de Castela, no final do século XIV. Antecede estes anais uma lista dos cavaleiros portugueses que estiveram presentes na conquista de Ceuta (1415), mas, de facto, a maior parte deste manuscrito é de documentos relacionados com a atividade da alfândega de Vila do Conde, nos séculos XV e XVI. É interessante, por isso (e relevante), a presença de anais num manuscrito deste tipo.

Referências

Aguiar, Miguel (2018). Cavaleiros e Cavalaria. Ideologia, práticas e rituais aristocráticos em Portugal nos Séculos XIV e XV. Porto: Teodolito.

Bautista, Francisco (2009). “Breve historiografía: listas regias y Anales en la Peninsula Iberica (Siglos VII-XII)”. Talia Dixit. Núm. 4, pp. 113-90: https://publicaciones.unex.es/index.php/TD/article/view/213

Costa, José Pereira da, ed. (1996). Crónicas dos Reis de Portugal e Sumários das suas vidas: D. Pedro I, D. Fernando, D. João I, D. Duarte, D. Afonso V, D. João II / Gaspar Correia. Lisboa: Academia das Ciências.

David, Pierre (1947). Études Historiques sur la Galice et le Portugal du VI au XII siécle. Paris: Institut Français au Portugal.

Furtado, Rodrigo (2021). “Writing history in Portugal before 1200”. Journal of Medieval History. Vol. 47, Issue 2, pp. 145-73: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/03044181.2021.1902375

Ramos, Maria Ana (2004). “Hestorja dell Rej dom Ramjro de lleom”…. Nova versão de “A Lenda de Gaia”. Critica del Testo. Romània romana. Giornata di studi in onore di Giuseppe Tavani. Vol. 7 n. 2, pp. 791-843.

Sharrer, Harvey L. (2022). “BITAGAP (Bibliografia de Textos Antigos Galegos e Portugueses): um armazém da memória histórica” in R. Pichel (ed.), Tenh’eu que mi fez el i mui gran ben. Estudos sobre cultura escrita medieval dedicados a Harvey L. Sharrer. Madrid: Sílex, pp. 39-67.


PhiloBiblon 2016 n. 5 (agosto)

Nos es muy grato anunciar la quinta entrega de PhiloBiblon para 2016. Como novedades podemos anunciar que:

En BETA seguimos trabajando los manuscritos históricos de la Bancroft Library (Berkeley), con nuevas copias de  la Crónica de los RR.CC. de Hernando del Pulgar,  de la Crónica de Fernando IV de Fernán Sánchez de Valladolid y de la Crónica castellana de Enrique IV del seudo-Alfonso de Palencia. Gracias a la ayuda de los amigos Pedro Pinto y José Manuel Fradejas seguimos tambien con los pergaminos del Archivo de la Real Chancillería de Valladolid, fragmentos extraídos de capas de expedientes administrativos, principalmente de las Siete partidas y el Fuero juzgo.

En BITAGAP se puede ver ya un listado de los varios milagros que componen la coleccíón de los “Milagres do Bom Jesus”;  véase BITAGAP texid 1315. También son de notar la Carta de cirurgião a Mestre David Hayad, porquanto o rei fora certo, por Mestre António, seu cirurgião-mor, que o examinara e o achara idóneo e competente para usar da dita cirurgia e arte, o qual não exercia com medo de ser preso, por bem das ordenações en el Arquivo Nacional Torre do Tombo (manid 6557) y el Inventário de peças de armadura e outros apetrechos de guerra para o socorro de Ceuta en el Arquivo da Câmara Municipal de Lisboa (manid 6555).

En BITECA se han añadido materiales para las Costums de Tortosa y las Lletres a Lucill de Séneca el filósofo.

BETA

Charles B. Faulhaber, University of California, Berkeley
Ángel Gómez Moreno, Universidad Complutense de Madrid
Nicasio Salvador Miguel, Universidad Complutense de Madrid
Antonio Cortijo, University of California, Santa Barbara
María Morrás, Universitat Pompeu Fabra
Óscar Perea Rodríguez, Lancaster University
Álvaro Bustos Táuler, Universidad Complutense de Madrid
Elena González Blanco, Universidad Nacional de Educación a Distancia

BITAGAP

Arthur L-F. Askins, University of California, Berkeley
Harvey L. Sharrer, University of California, Santa Barbara
Martha E. Schaffer, University of San Francisco
Cristina Sobral, Universidade de Lisboa
Pedro Pinto, Universidade Nova de Lisboa
Filipe Alves Moreira, Universidade do Porto
Mariña Arbor Aldea, Universidade de Santiago de Compostela
Maria de Lurdes Rosa, Universidade Nova de Lisboa
Ricardo Pichel. Universidade de Santiago de Compostela

BITECA

Gemma Avenoza, Universitat de Barcelona
Lourdes Soriano, Universitat de Barcelona
Vicenç Beltran, Universitat de Barcelona – Università di Roma “La Sapienza”

bancroft-logo-2016
barcelona-logo-2016
upf-logo-2016
cilengua-logo-2016


¿Perteneció a don Diego Hurtado de Mendoza el códice del Cancionero de Baena parisino (PN1)?

La historia del Cancionero de Baena, MS Espagnol 37 de la Bibliothèque Nationale de Francia (Dutton PN1), es bien conocida desde que llegó a El Escorial a finales del s. XVI (aunque con un período oscuro a principios del s. XIX).

¿Pero cómo y cuándo llegó al Escorial? Hasta la edición de Azáceta de 1966, todos los eruditos lo identificaron con uno de los manuscritos de la biblioteca de Isabel I de Castilla citados en el inventario de 1503, publicado por Diego Clemencín en 1821, dentro de su Elogio de la Reina Católica Doña Isabel (p.  457):

“133. Otro libro de marca mayor de pergamino de mano en Romançe que es de coplas de alonso aluarez de villa Sendino e otros que tienen las coberturas de cuero colorado.

134. Otro libro de pliego entero de mano en papel A coplas de Romançe que se dize tratado de alonso de vaena las coberturas de Cuero negro.”

Muchos de los libros de Isabel la Católica pasaron a la Capilla Real de Granada, aunque la reina no los mencione explícitamente en su testamento; pero en 1591, cuando Felipe II mandó que se trasladaran los libros de la Capilla Real a El Escorial, ninguno de los dos MSS mencionados en el inventario de 1503 aparece entre los enviados .

Así siguió el estado de la cuestión hasta que Barclay Tittmann probó en 1968 que PN1 no podía haber sido el antígrafo de un poema de Francisco Imperial (“Gran sosiego y mansedumbre”) citado por Gonzalo Argote de Molina en su edición de la Historia del gran Tamorlán (Sevilla, 1582) como de un MS del Escorial, ni tampoco lo fue de los poemas de Villasandino citados en la Nobleza de Andaluzía (1588) del mismo Argote de Molina, ni de los transcritos en BNE MSS/3788 (Dutton MN15), que figuraban en “el libro grande original de Cancionero de S. Lorenço el Real.” Esta hipótesis fue corroborada, seguida y ampliada tanto por Alberto Blecua (1974-79) como por Dutton y González Cuenca en su edición de PN1 (1993).

Sin embargo, a todos se les ha escapado el siguiente asiento del inventario de “La biblioteca de don Diego Hurtado de Mendoza (1576)”, editado por Gregorio de Andrés en 1964, que lo tomó del MS. 1284 de la Biblioteca Municipal de Besançon (Francia), una copia de hacia 1646 del original (pág. 280):

“575. Cancionero español recopilado en tiempo del rey don Juan del Segundo, por Juan Alfonso de Baena, en papel, en folio mayor.”

Nicolás Antonio da exactamente el mismo título en la primera edición de su Bibliotheca Vetus (1696, II, págs. 165-66). Podemos deducir entonces que este códice puede ser PN1, como indica la referencia a su tamaño, “folio mayor” y por la semejanza del título con el del catálogo de hacia 1600 editado por el P. Zarco en 1929 (vol. III, pág. 510), con dos de las cotas que todavía se encuentran en PN1:

“Ioan Alonso de Baena. Copilacion de diuersas obras de diversos poetas. i. E. 3. ii. E. i. Ξ. 8. i.Θ. 2.”

Elisa Ruiz, en su estudio de 2004 sobre los libros de la biblioteca de Isabel la Católica (pág. 66), cotejó las descripciones del inventario de 1503 con los MSS existentes que se pueden identificar con certeza. Así, estableció que los MSS de “marca mayor” oscilan entre 450 y 300 mm de altura, mientras que los de “pliego entero” (in-folio)  oscilan entre 300 y 250 mm. PN1 mide 410 mm de altura y es, precisamente, de folio mayor. Por lo tanto, parece muy probable que el mismo códice que estaba entre los libros de Diego Hurtado de Mendoza sea el que hoy reposa en la biblioteca parisina. Queda la pequeña duda de si de hecho fue suyo o no, porque en el inventario de 1576 editado por Andrés había libros de “D. Diego Hurtado de Mendoza y otros” (énfasis nuestro).

Por ello, haría falta un estudio completo de la biblioteca de este gran erudito español para corroborar al cien por cien nuestra sospecha acerca de que el códice que hoy conocemos como PN1 estaba entre sus libros, o si, por el contrario, su procedencia era de esos “otros” señalados por el inventario de 1576. El cómo llegó a la biblioteca de Don Diego, o a otras bibliotecas afines, es todavía una incógnita. Por el momento, sólo tenemos algunas pistas y especulaciones que procuraremos resolver en el futuro.

Para más sobre la historia de PN1, véase este enlace a manid 1632.

Algunos datos más sobre los cancioneros de Baena se pueden encontrar en este otro enlace a texid 1419:

Charles B. Faulhaber / Óscar Perea Rodríguez

P.D. 22 de junio de 2016: En junio de 2015 un hallazgo de Ángel Gómez Moreno en la biblioteca de la Catedral de Palencia hizo posible identificar el antiguo dueño de PN1 no como Hurtado de Mendoza sino como el caballero soriano don Jorge de Beteta y Cárdenas [bioid 2197]. Véase nuestro artículo “¿Cuántos Cancioneros de Baena?” en el vol. 31 de e-Humanista: http://www.ehumanista.ucsb.edu/volumes/31


I Seminario Internacional de PhiloBiblon 2015 (San Millán de la Cogolla, 15-19 de junio)

Los muros del monasterio de San Millán de la Cogolla (La Rioja) acogieron en junio el «I Seminario Internacional PhiloBiblon», organizado por el veterano grupo de investigación PhiloBiblon y con el apoyo logístico de la organización Cilengua.

Miembros del Seminario ante Cilengua

Los miembros del seminario ante la puerta de Cilengua

Dicho seminario, enfocado a doctorandos y jóvenes doctores, así como a especialistas en documentación y biblioteconomía, buscaba mostrar el trabajo realizado para la elaboración de la base de datos de Philobiblon, además de exponer cómo realizar una ficha de PhiloBiblon. Este planteamiento supuso el desfile de grandes especialistas que impartieron tanto sesiones teóricas como talleres prácticos en diversas especialidades de la bibliografía material.

En un primer momento, tras la inauguración el lunes del seminario a cargo del profesor Carlos Alvar (Cilengua), se comenzó con la charla de profesor Charles Faulhaber (Universidad de Berkeley), quien relató los comienzos del grupo de la mano de los profesores Kasten y Nitti, precursores de lo que hoy se conoce como «Humanidades digitales». Al día siguiente, gracias al profesor José Luís Gonzalo (UCM) los asistentes se adentraron en el mundo de la bibliofilia y de la historia del libro antiguo para conocer los diferentes soportes materiales que ha tenido el libro, desde el antiguo papiro hasta el libro medieval, sin dejar de lado las corrientes orientales árabes y japonesas. Tras esta síntesis, Lourdes Soriano (UB) continuó la línea temporal trazada por el profesor Gonzalo para mostrar diversos ejemplos de bibliofilia europea que ha podido conocer de primera mano en sus rastreos por nutridas bibliotecas del viejo continente. Por otro lado, la tarde se centró en uno de los aspectos más necesarios para la lectura de textos medievales: la paleografía. De la mano del profesor J. Antoni Iglesias-Fonseca (UAB) y tras unas pautas generales, los asistentes se lanzaron a la transcripción de manuscritos medievales con las ayudas pertinentes de los profesores.

Óscar Perea, Antoni Iglesias y Gemma Avenoza abren la sesión de Paleografía

El tercer día estuvo dividido entre el estudio codicológico de los manuscritos medievales y la aproximación al que ha sido sin duda el aspecto más ignorado del libro, materialmente hablando: las encuadernaciones. En el primer caso, fue la profesora Gemma Avenoza (UB) la encargada de mostrar cuáles deben ser los aspectos a señalar a la hora de estudiar a nivel codicológico una obra, así como su aplicación a la propia ficha de PhiloBiblon. Por otro lado, el profesor Antonio Carpallo (UCM) explicó los diferentes aspectos que singularizan una encuadernación, además de toda la información que puede reportarle al investigador a la hora de completar una de sus fichas. Finalmente, la tarde se repartió entre diferentes sesiones prácticas para que los asistentes pudieran ver en directo la aplicación de los contenidos de la mañana.

Laura López Drusetta y Lucía Mosquera estudian la Regla de san Benito (s. XV) con Charles Faulhaber

La sesión del jueves estuvo enfocada al estudio de las iluminaciones medievales gracias a la ilustrativa charla de la profesora Josefina Planas (Universidad de Lleida). A través de diversos ejemplos de diferentes códices medievales se pudo comprobar la importancia de la iluminación dentro del libro, así como la compenetración que juega con el texto. El mismo día, por la tarde, tras la explicación del funcionamiento de la base de datos del profesor Oscar Perea (Universidad de Lancaster), los asistentes tuvieron la ocasión de realizar prácticas libres en diferentes talleres organizados por los profesores. La sesión final del día siguiente cerró con las charlas de los profesores Vicenç Beltrán (Universita de la Sapienza) y Ángel Gómez Moreno (UCM), quienes pusieron la guinda al «I Seminario Internacional de PhiloBiblon», lleno de instructivas sesiones que buscaron desvelar los misterios que oculta aún el libro antiguo. Hay que agradecer la ayuda prestada por Cilengua y a todo el equipo que ha permitido que este seminario pasara de utopía a realidad.

Almudena Izquierdo
Universidad Complutense de Madrid


BITABlogue 28 de Janeiro de 2015

Novidades do novo ano:

  • A BITAGAP vem apresentar duas novas colegas associadas:

Mariña Arbor Aldea, Facultade de Filoloxía, U. de Santiago de Compostela.

Maria de Lurdes Rosa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, U. Nova de Lisboa.

Bem-vindas à equipa!

Dica: Para a lista completa das publicações (bitagapáveis) das novas colegas (como autoras de estudos secundários e também como editoras literárias de textos), em PESQUISA, na tabela/página REFERÊNCIA, insira o nome da colega no campo “Palavras-chave ou números”.

Dica: Para contactar qualquer membro da equipa, clique no seu nome na página de acesso da BITAGAP.

  • A Biblioteca Pública de Évora adoptou um novo horário, com serviço aos sábados.

Diretora: Zélia Parreira

Horário: Segunda a Sexta-feira  9h30 — 18h00 (última sexta-feira de cada mês: 13h00-18h00), sábado 10h00-13h00. (As consultas ao sábado fazem-se mediante o pedido dos documentos até à sexta-feira anterior, às 17h00. O pedido pode ser feito para o email da sala de reservados cimélios@bpe.pt .)

Os importantes catálogos de Joaquim Heliodoro da Cunha Rivara estão disponíveis em formato pdf no sitio da Biblioteca. (À esquerda, na categoria Pesquisa, clicar em Catálogos Impressos.) Também disponível no sítio está, entre outros catálogos, Os Reservados da Bibliotheca Pública de Évora de António Joaquim Lopes da Silva Juniór (1907). Estes pdfs têm valor por serem feitos a partir dos exemplares anotados e corrigidos pela Biblioteca.

Dica: Para encontrar o horário desta ou de qualquer otra biblioteca/arquivo com obras controladas na BITAGAP, use PESQUISA, tabela/página BIBLIOTECA. Pode-se preencher o campo “Cidade” ou “Biblioteca”. (Se a BITAGAP não controla obras da biblioteca, é possível que a BETA ou a BITECA ofereçam informações.)

  • Visite a reorganizada e muito ampliada página de RECURSOS no sítio PhiloBiblon!

Salve o URL ou _ca, _en, _es, _ga) nos seus “favoritos”!

Pedimos aos usuários da BITAGAP que enviem outras ligações relevantes para os hispano-medievalistas para schafferm@usfca.edu .

Dica: Com as muitas ligações que agora se incluem, é melhor usar a função “Find” do seu browser para localizar mais rapidamente o recurso desejado.

Arthur L-F. Askins
Harvey Sharrer
Martha Schaffer
Cristina Sobral
Filipe Alves Moreira
Pedro Pinto


Primer Seminario Internacional PhiloBiblon en San Millán de la Cogolla, 15-19 de junio de 2015

El plazo de inscripción al I Seminario Internacional PhiloBiblon se cierra el 20 de diciembre, pero como es un sábado se aceptarán inscripciones hasta el lunes 22 de diciembre.

El curso ha sido diseñado para formar a jóvenes investigadores en la metodología de PhiloBiblon, la base de datos de manuscritos medievales e impresos antiguos disponible en la red. Se celebrará del 15 al 19 de junio de 2015 en el Centro Internacional de Investigación de la Lengua Española (Cilengua), en San Millán de la Cogolla (La Rioja). Las plazas son limitadas, con la posibilidad de becas, parciales y totales, dependiendo de la carta de motivación y los méritos de cada uno de los candidatos. ¡Os esperamos en San Millán el verano próximo!
 
Véase la convocatoria en CiLengua.
Los encargados de las clases son: Gemma Avenoza (Barcelona), Vicenç Beltran (Sapienza), Antonio Carpallo (Complutense), Charles Faulhaber (Berkeley), Ángel Gómez Moreno (Complutense), José Luis Gonzalo (Complutense), Óscar Perea (Lancaster), Pedro Pinto (Nova de Lisboa), Josefina Planas (Lleida), Lourdes Soriano (Barcelona).
Comité Organizador
Carlos Alvar
Charles B. Faulhaber
Gemma Avenoza
Álvaro Bustos
Almudena Martínez

 


PhiloBiblon 2014 n. 5 (octubre)

PhiloBiblon
Nos es muy grato anunciar que PhiloBiblon 2014 número 5, correspondiente al mes de octubre, ya está en la
web. La mejora más importante es que se ha resuelto el problema técnico que dificultaba la búsqueda de palabras con signos diacríticos.
En breve esperamos anunciar la convocatoria para el Primer Seminario Internacional de PhiloBiblon, que tendrá lugar la semana del 15 al 19 de junio de 2015 en la localidad riojana de San Millán de la Cogolla, sede del CiLengua.
Queremos agradecer de nuevo a Almudena Martínez, Coordinadora General de Cilengua, y a Carlos Alvar, Director de su Instituto de Literatura y Traducción, su entusiasta acogida al Seminario.
BETA
Gracias a los viajes de estudio de Gemma Avenoza y de Lourdes Soriano que se mencionan más abajo, ya tenemos descripciones fidedignas de todos los
manuscritos de la Bayerisches Staatsbibliothek de Munich: dos ejemplares del Fuero juzgo (uno del s. XIII), la Crónica de
Enrique III del canciller Ayala, la de Enrique IV de Diego Enríquez del Castillo, la Proposición contra los ingleses de Alonso de Cartagena, una refundición
pos-medieval de la Regla de la Orden de Caballería de Santiago de la Espada, la carta del seudo-san Bernardo sobre la cura y
modo de gobernar la casa y otra misiva de Fr. Francisco Ortiz al almirante de Castilla.
BITAGAP
Tenemos que agradecer a Mariña Arbor Aldea (U. de Santiago de Compostela) que haya acabado de traducir al
gallego de las 25 páginas web de BITAGAP, una tarea que le ha llevado la mayor parte del verano. Con esta aportación, todas las páginas de PhiloBiblon pueden ser leídas en inglés y
en las cuatro lenguas romances de la Península Ibérica.
BITECA
Las últimas visitas de trabajo del equipo de investigadores de BITECA han tenido como destino Munich (junio 2014) y Palermo
(septiembre 2014). En la primera biblioteca ya habíamos estado en otras ocasiones, por lo que este viaje se ha dedicado a completar
las descripciones existentes y a examinar impresos que no habíamos podido estudiar antes. En estos momentos sólo una de las piezas ha
quedado por describir, ya que no pudieron servírnosla durante nuestra estancia.
Respecto del segundo viaje, nunca antes habíamos visitado Palermo y nuestra agenda estaba muy llena de citas con las bibliotecas
con las que contactamos previamente. Estábamos algo desconcertados porque no habíamos recibido respuesta de la Biblioteca
della Società Siciliana di Storia Patria y al llegar a la ciudad averiguamos que estaba cerrada por cuestiones de
financiación desde poco tiempo atrás y que no se sabía si sus fondos se trasladarían a alguna otra sede para su conservación
y consulta. Queríamos visitarla para controlar una antigua referencia a un Consolat de mar manuscrito  y también
deseábamos ver un manuscrito de la Crónica de Enrique IV, aparentemente medieval, que interesaba a los colegas de BETA.
Aunque no pudimos acceder a la biblioteca, sí que comprobamos a través de la documentación que se puso a nuestra
disposición, que el manuscrito del Consolat de mar está en italiano y, por lo tanto, no era una copia catalana susceptible de
registrar en BITECA.
También visitamos la Biblioteca Comunale y la Centrale, en las que se conservan fondos de origen conventual, como el de los Colegio de
Jesuitas de Palermo y de Morreale, junto con otros de procedencia diversa. En ambas bibliotecas verificamos la existencia
real de las piezas reseñadas en BITECA y de sus signaturas actuales, además de describir los manuscritos y copias de impresos que
allí están depositados.
Sirva esta nota de avance de nuestro trabajo, puesto que aún no nos ha sido posible introducir en la base de datos toda la
información recogida sobre el terreno, que esperamos poner a disposición de los usuarios de PhiloBiblon muy pronto.
BETA
Charles B. Faulhaber
Ángel Gómez Moreno
Nicasio Salvador Miguel
Antonio Cortijo
María Morrás
Óscar Perea Rodríguez
Álvaro Bustos Táuler
BITAGAP
Arthur L-F. Askins
Harvey L. Sharrer
Martha E. Schaffer
Cristina Sobral
Pedro Pinto
Filipe Alves Moreira
Mariña Arbor Aldea
BITECA
Vicenç Beltran
Gemma Avenoza
Lourdes Soriano

PhiloBiblon

Nos es muy grato anunciar que PhiloBiblon 2014 número 5, correspondiente al mes de octubre, ya está en la web. La mejora más importante es que se ha resuelto el problema técnico que dificultaba la búsqueda de palabras con signos diacríticos.

En breve esperamos anunciar la convocatoria para el Primer Seminario Internacional de PhiloBiblon, que tendrá lugar la semana del 15 al 19 de junio de 2015 en la localidad riojana de San Millán de la Cogolla, sede del CiLengua. Queremos agradecer de nuevo a Almudena Martínez, Coordinadora General de Cilengua, y a Carlos Alvar, Director de su Instituto de Literatura y Traducción, su entusiasta acogida al Seminario.

BETA

Gracias a los viajes de estudio de Gemma Avenoza y de Lourdes Soriano que se describen más abajo, ya tenemos descripciones fidedignas de todos los manuscritos de la Bayerisches Staatsbibliothek de Munich: dos ejemplares del Fuero juzgo (uno del s. XIII), la Crónica de Enrique III del canciller Ayala, la de Enrique IV de Diego Enríquez del Castillo, la Proposición contra los ingleses de Alonso de Cartagena, una refundición pos-medieval de la Regla de la Orden de Caballería de Santiago de la Espada, la carta del seudo-san Bernardo sobre la cura y modo de gobernar la casa y otra misiva de Fr. Francisco Ortiz al almirante de Castilla.

BITAGAP

Tenemos que agradecer a Mariña Arbor Aldea (U. de Santiago de Compostela) que haya acabado de traducir al gallego las 25 páginas web de BITAGAP, una tarea que le ha llevado la mayor parte del verano. Con esta aportación, todas las páginas de PhiloBiblon pueden ser leídas en inglés y en las cuatro lenguas romances de la Península. Ibérica.

BITECA

Las últimas visitas de trabajo del equipo de investigadores de BITECA han tenido como destino Munich (junio 2014) y Palermo (septiembre 2014). En la primera biblioteca ya habíamos estado en otras ocasiones, por lo que este viaje se ha dedicado a completar las descripciones existentes y a examinar impresos que no habíamos podido estudiar antes. En estos momentos sólo una de las piezas ha quedado por describir, ya que no pudieron servírnosla durante nuestra estancia.

Respecto del segundo viaje, nunca antes habíamos visitado Palermo y nuestra agenda estaba muy llena de citas con las bibliotecas con las que contactamos previamente. Estábamos algo desconcertados porque no habíamos recibido respuesta de la Biblioteca della Società Siciliana di Storia Patria y al llegar a la ciudad averiguamos que estaba cerrada por cuestiones de financiación desde poco tiempo atrás y que no se sabía si sus fondos se trasladarían a alguna otra sede para su conservación y consulta. Queríamos visitarla para controlar una antigua referencia a un Consolat de mar manuscrito  y también deseábamos ver un manuscrito de la Crónica de Enrique IV, aparentemente medieval, que interesaba a los colegas de BETA. Aunque no pudimos acceder a la biblioteca, sí que comprobamos a través de la documentación que se puso a nuestra disposición que el manuscrito del Consolat de mar está en italiano y, por lo tanto, no era una copia catalana susceptible de registrar en BITECA.

También visitamos la Biblioteca Comunale y la Centrale, en las que se conservan fondos de origen conventual, como el de los Colegios de  Jesuitas de Palermo y de Morreale, junto con otros de procedencia diversa. En ambas bibliotecas verificamos la existencia real de las piezas reseñadas en BITECA y de sus signaturas actuales, además de describir los manuscritos y copias de impresos que allí están depositados.

Sirva esta nota de avance de nuestro trabajo, puesto que aún no nos ha sido posible introducir en la base de datos toda la información recogida sobre el terreno, que esperamos poner a disposición de los usuarios de PhiloBiblon muy pronto. 

BETA
Charles B. Faulhaber
Ángel Gómez Moreno
Nicasio Salvador Miguel
Antonio Cortijo
María Morrás
Óscar Perea Rodríguez
Álvaro Bustos Táuler

BITAGAP
Arthur L-F. Askins
Harvey L. Sharrer
Martha E. Schaffer
Cristina Sobral
Pedro Pinto
Filipe Alves Moreira
Mariña Arbor Aldea

BITECA
Vicenç Beltran
Gemma Avenoza
Lourdes Soriano


BitaBlogue 2 de Janeiro de 2013

Novo sítio coordenado com a BITAGAP:

Há umas semanas atrás Mafalda Maria Leal de Oliveira e Silva Frade abriu o seu sítio “Scrinium”.  “Scrinium” divulga informações sobre textos latinos traduzidos para português medieval.  Para cada texto (seja o texto em latím ou a tradução) encontra-se uma rica gama de informações, muito completas, com várias hiperligações.

Pode visitar www.scrinium.pt ou, na página de entrada de BITAGAP, na secção dos sítios coordenados, clicar na hiperligação.

Queremos acrescentar que agradecemos muito a participação e o apoio da Mafalda Frade na BITAGAP.  Nos últimos anos recebemos da Mafalda sugestões para melhorar a página de ajuda e as possibilidades de pesquisar, informações bibliográficas a incluir, correcções e emendas a fazer?uma colaboração proveitosa para todos os nossos usuários.  E esperamos que outros usuários colaborem também.

MS autógrafo de Torquato Peixoto de Azevedo.

Em Dezembro, visitámos de novo a Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento em Guimarães e a Biblioteca Pública de Évora para ver outra vez os dois manuscritos “originais” das Memórias Ressuscitadas da Antiga Guimarães de Torquato Peixoto de Azevedo (BITABlogues de Setembro e de Julho de 2012).  Comparámos os manuscritos da importante obra–escrita em 1692 e publicada por primeira vez em 1845.  Com base em outro manuscrito autógrafo de Azevedo da Biblioteca Martins Sarmento (uma obra genealógica provavelmente escrita em 1704), o manuscrito das Memórias  Resusscitadas da Biblioteca de Évora é autógrafo; o manuscrito de Guimarães é mais tarde.

O MS das Memórias Ressuscitadas de Évora (manid 5602)–assinado por Azevedo–inclui toda a “matéria” inicial do livro impresso de 1845 (“Prefação”, “Ao Leitor”, “Protestação”, etcétera).  Tudo isso falta no MS das Memórias Resusscitadas de Guimarães (manid 5308).

A comparação produziu mais informações.  O MS de Guimarães inclui o texto final (sobre Guimarães) do livro impresso–, texto que falta no manuscrito autógrafo de Évora.  O MS de Évora menciona outro “santo” de Guimarães que não se vê no MS de Guimarães e também não no livro impresso.  Portanto, pode existir outro manuscrito que serviu de base ao livro impresso no Porto em 1845.

Devemos acrescentar que nos dois MSS falta o capítulo 53–,capítulo que também falta no livro impresso. O índice do livro impresso “corrige” este erro;  como resultado não há correspondência entre os capítulos do texto e os do índice.   Além disso, no livro o capítulo 59 tem (erradamente) o número 50.

Recomendamos com entusiasmo

Recomendamos o blogue “Arquivos Religiosos” de Ricardo Aniceto, responsável  do Arquivo Histórico e Biblioteca do Centro Cultural do Patriarcado de Lisboa.  Neste blogue encontram-se informações úteis sobre publicações, iniciativas nos arquivos portugueses (e europeus), seminários e congressos, hiperligações para sítios de outros arquivos religiosos–e muito boa capacidade de pesquisa dentro do blogue http://arquivosreligiosos.blogspot.com/


El Palimpsesto Revelado (U. de Barcelona 5 de mayo de 2013)

El próximo miércoles día 8 de mayo tendrá lugar en la Facultat de Filologia de la Universitat de Barcelona la “Jornada de estudio sobre Filología, patrimonio bibliogràfico y ciencia (el palimpsesto revelado)”, organizada conjuntamente por los Máster de “Cultures medievals” y “Biblioteques i col·leccions patrimonials” de la Universitat de Barcelona, con el apoyo de la Facultat de Filologia, del CRAI-UB y de los grupos de investigación de BITECA y CATALOGVS LIBRORVM. Se trata de una iniciativa destinada a explorar las posibilidades de la aplicación de la fotografía y la tecnología virtual al estudio de los manuscritos antiguos.

Esta jornada tendrá lugar en el Edificio Histórico de la Facultat de Filologia, Aula 111 (Gran Via de les Corts Catalanes, 585. 08007 Barcelona) y estará dividida en tres sesiones:

16h: Conferencia de Alberto Montaner y Ángel Escobar (Univ. de Zaragoza) “El palimpsesto revelado: filología y nuevas tecnologías visuales”

18h: Sesión práctica de trabajo con la cámara hiperespectral y ejemplares de la Biblioteca de la Universidad, a cargo de Alberto Montaner, Ángel Escobar (Univ. de Zaragoza) y Ricardo Guixà (UB)

19:30h: Mesa redonda, con la participación de los anteriormente mencionados, J.-Antoni Iglesias (UAB) y Domènech Palau (Taller de Restauración UB-CRAI). Modera: Gemma Avenoza (UB).

Esta actividad está abierta a los estudiantes de los postgrados, másters y doctorados, al profesorado universitario y a todos aquellos que trabajen o se interesen sobre las técnicas de la imagen aplicadas al estudio de los manuscritos medievales y libros antiguos.

Para más información e inscripciones contactar con Pedro Rueda (pedrorueda@ub.edu) o Gemma Avenoza (gavenoza@ub.edu).

Os invitamos a todos a participar.

◊◊◊

El proper dimecres dia 8 de maig tindrà lloc a la Facultat de Filologia de la Universitat de Barcelona la “Jornada de estudio sobre Filología, patrimonio bibliogràfico y ciencia (el palimpsesto revelado)”, organitzada conjuntament pels Màster de “Cultures medievals” i “Biblioteques i col·leccions patrimonials” de la Universitat de Barcelona, amb el suport de la Facultat de Filologia, del CRAI-UB i dels grups de recerca BITECA i CATALOGVS LIBRORVM. Es tracta d’una iniciativa adreçada a explorar les possibilitats de l’aplicació de la fotografia i la tecnologia virtual a l’estudi dels manuscrits antics.

Aquesta jornada tindrà lloc a l’edifici Històric de la Facultat de Filologia, Aula 111 (Gran Via de les Corts Catalanes, 585. 08007 Barcelona) i estarà dividida en tres sessions:

16h: Conferència d’Alberto Montaner i Ángel Escobar (Univ. de Zaragoza) “El palimpsesto revelado: filología y nuevas tecnologías visuales”

18h: Sessió pràctica de treball amb la càmara hiperespectral i exemplars de la Biblioteca de la Universitat, a càrrec d’Alberto Montaner, Ángel Escobar (Univ. de Zaragoza) i Ricardo Guixà (UB)

19:30h: Taula rodona amb la participació dels suara esmentats, J.-Antoni Iglesias (UAB)  i Domènech Palau (Taller de Restauració UB-CRAI). Modera: Gemma Avenoza (UB)

Aquesta activitat és oberta als estudiants dels postgraus, màsters i doctorats, al professorat universitari i a tots aquells que treballin o s’interessin en les tècniques de la imatge aplicades a l’estudi dels manuscrits medievals i dels llibres antics.

Per més informació i inscripcions contacteu amb Pedro Rueda (pedrorueda@ub.edu) o Gemma Avenoza (gavenoza@ub.edu).

Us convidem a tots a participar.


BITABLOG: Aida Fernanda Dias (1925-2014)

A Doutora Aida Fernanda Dias faleceu no dia 3 de Janeiro de 2014 em Viseu, Portugal, onde vivia desde 2008, depois de sofrer um AVC no final de 2007. Desde 1990 que a Doutora Dias fez parte da equipa da BITAGAP. Para os utilizadores deste site não é preciso louvar as competências académicas da colega. Mas queremos salientar as numerosas publicações estimuladas pela sua participação no nosso projecto: publicações sobre os mais diversos temas desde ordens militares, obras didácticas e poesia, até manuscritos e fragmentos de tipo diverso. Esperamos prestar-lhe uma devida homenagem no futuro. As contribuições da Doutora Dias para a BITAGAP — e aos seus parceiros — são incalculáveis e profundas, como o pesar que sentimos. Novidades das páginas da BITAGAP e de PhiloBiblon

  • Na página RECURSOS, na secção Revistas Online, aparecem já mais de vinte novas ligações directas à revistas e periódicos académicos portugueses no domínio geral de estudos medievais. Só é preciso clicar na ligação para ir ao site onde estão disponíveis ou os índices acumulados ou os números anteriores com conteúdo digitalizado. Se houver outras ligações a revistas úteis aos utilizadores da BITAGAP, envie a informação a Martha E. Schaffer (schafferm@usfca.edu).
  • A página AJUDA foi actualizada e agora reflecte as novas funcionalidades da versão online da BITAGAP. Incluímos algumas “dicas” para facilitar as pesquisas e consultas. Não se esqueça que pode enviar-nos perguntas ou comentários sobre dificuldades ou problemas com as pesquisas.

A equipa da BITAGAP:

Arthur L-F. Askins
Harvey L. Sharrer
Martha E. Schaffer
Cristina Cabral
Filipe Alves Moreira
Pedro Pinto